O claro chamado contido nas mensagens das árvores é para que os seres humanos descubram a Totalidade e o Amor que está dentro deles e ajam de acordo com isso. Elas nos convidam a ir para o nosso interior, a encontrar nossa verdadeira morada.
Como fazer isso em nossas vidas? Nestes dias, o planeta está sendo cada vez mais acossado por tumultos e violência. Ao despertarmos para o tratamento irrefletido que temos dado ao mundo natural e aos nossos semelhantes, começamos a perceber a necessidade de pensar sobre a vida na Terra como um todo. Nossas escolhas individuais afetam o planeta inteiro.
Como fazer escolhas que apoiem essa visão cooperativa? As árvores dizem-nos com simplicidade: torne-se o que você na verdade é, um ser criativo e amoroso. Use esse critério em todos os atos, escolha amar o que você faz, amar o que você é, amar seus semelhantes. Realmente tente fazê-lo, encare o que você não gosta em si mesmo e ame isso.
É simples, mas não fácil. Com toda certeza gostaríamos de ser saudáveis e amorosos, mas encontramos em nós mesmos uma grande resistência a isso. Entretanto, temos a capacidade de superar esse obstáculo até mesmo no simples ato de encostar-nos em uma árvore e sentir a paciência e a constância que ela é capaz de transmitir.
De minha parte, eu tinha muitas resistências e ideias fixas, que me limitavam. Por exemplo, estava firmemente convencida de que os lugares preservados da Terra eram muito mais poderosos, maravilhosos e primorosamente mais belos que qualquer jardim, por mais bem planejado que fosse. Então, um dia, num passeio pelos subúrbios de Amsterdã, deparei com um jardim que tinha toda a magia e a alegria dos lugares agrestes. por fora ele não tinha nada diferente dos outros jardins vizinhos, mas por dentro era maravilhoso. Só posso supor que aqueles jardineiros trabalhavam com amor e, a partir de então, soube que nós, seres humanos, não temos de destruir a natureza; na verdade, somos capazes de aprimorá-la. Em vez de ficarmos desesperados com a nossa situação, podemos até melhorá-la. Podemos escolher manifestar amor e alegria em qualquer ato, mesmo nos cotidianos, como o de lavar louça. Tais escolhas tem poder, porque vem da divindade interior, nossa fonte de criatividade e, pouco a pouco, ajudam a mudar o mundo.
Os reinos internos, as legiões de anjos e a inteligência das próprias árvores estão sempre presentes dando apoio a esses atos. Então, façamos nossa escolha de voltar ao Uno, que sustenta tudo que é vivo e acrescenta nossa voz à música que vem surgindo.
Texto extraído do livro: O Chamado das Árvores
Autora: Dorothy Maclean
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